Apoiar famílias é atribuir os mesmos direitos humanos a todas as famílias.
Aguardamos o que os deputados e deputadas da nossas Assembleia da República vão decidir nestes dias.
Para mais informações sobre família visite http://familias.ilga-portugal.pt/
quinta-feira, 16 de janeiro de 2014
sexta-feira, 20 de dezembro de 2013
segunda-feira, 14 de outubro de 2013
Interpride
Pride Azores faz parte da rede internacional INTERPRIDE, associação mundial de organizadores de festivais e eventos "Pride".
Este Outubro a conferência internacional aconteceu na cidade de Montreal, Canadá.
Terry Costa participou neste encontro de networking, completo com workshops educativas de temas variados desde assuntos sociais, administração de eventos, apresentação de casos interessantes de várias regiões do mundo, dicas de organização de "Pride", e claro palestras e conversas sobre os direitos
humanos.
Participaram mais de 200 pessoas, que apenas representa cerca de 10% das organizações "Pride" no planeta, mas que os seus eventos em conjunto já alcançam mais de 13 milhões de pessoas.
Festival Pride Azores pode alcançar directamente apenas umas centenas mas quando trabalhamos juntos os números aumentam consideravelmente... fazemos parte deste movimento global que de pessoa a pessoa conseguimos ultrapassar barreiras e ganhar direitos para todos os seres humanos.
Foto: Região 14, Interpride, onde Portugal faz parte, representação incluía Andrea Maccaronne (Roma Pride), Juan-Carlos Alonso Reguero (Mado Madrid Orgullo) e Terry Costa (Pride Azores).
Durante a conferência, Terry Costa apresentou Pride Azores aos líderes e claro não ficou surpreso quando mais de 90% dos presentes não tinham a mínima ideia onde os Açores ficavam no mundo. Assim a sua presença neste evento mundial não só enriqueceu e educou o participante mas também promoveu os Açores a representantes de dezenas de países.
Terry Costa pretende desafiar todos e todas as organizações e indivíduos a liderar Marchas de Orgulho, eventos "Pride", em Portugal, a se juntarem pelo menos uma vez por ano para partilhar informação e apoiar uns aos outros no nosso país.
O grande evento mundial "Worldpride" foi outro tópico apresentado em grande durante a conferência. Os próximos eventos Worldpride vão acontecer na cidade de Toronto em 2014 e depois será a vez de Madrid em 2017.
Este Outubro a conferência internacional aconteceu na cidade de Montreal, Canadá.
Terry Costa participou neste encontro de networking, completo com workshops educativas de temas variados desde assuntos sociais, administração de eventos, apresentação de casos interessantes de várias regiões do mundo, dicas de organização de "Pride", e claro palestras e conversas sobre os direitos
humanos.
Participaram mais de 200 pessoas, que apenas representa cerca de 10% das organizações "Pride" no planeta, mas que os seus eventos em conjunto já alcançam mais de 13 milhões de pessoas.
Festival Pride Azores pode alcançar directamente apenas umas centenas mas quando trabalhamos juntos os números aumentam consideravelmente... fazemos parte deste movimento global que de pessoa a pessoa conseguimos ultrapassar barreiras e ganhar direitos para todos os seres humanos.
Foto: Região 14, Interpride, onde Portugal faz parte, representação incluía Andrea Maccaronne (Roma Pride), Juan-Carlos Alonso Reguero (Mado Madrid Orgullo) e Terry Costa (Pride Azores).
Durante a conferência, Terry Costa apresentou Pride Azores aos líderes e claro não ficou surpreso quando mais de 90% dos presentes não tinham a mínima ideia onde os Açores ficavam no mundo. Assim a sua presença neste evento mundial não só enriqueceu e educou o participante mas também promoveu os Açores a representantes de dezenas de países.
Terry Costa pretende desafiar todos e todas as organizações e indivíduos a liderar Marchas de Orgulho, eventos "Pride", em Portugal, a se juntarem pelo menos uma vez por ano para partilhar informação e apoiar uns aos outros no nosso país.
O grande evento mundial "Worldpride" foi outro tópico apresentado em grande durante a conferência. Os próximos eventos Worldpride vão acontecer na cidade de Toronto em 2014 e depois será a vez de Madrid em 2017.
terça-feira, 1 de outubro de 2013
Educar, Libertar, Celebrar - FAZ PARTE DA DIREÇÃO
Queres fazer parte da direção da Associação LGBT Pride Azores, ou liderar/ajudar a realizar alguma ação no arquipélago dos Açores?
Para os objetivos e atividades da associação visite aqui.
Se vives nos Açores e queres fazer a diferença sendo parte da direção da Pride Azores por favor manda uma mensagem para prideazores@gmail.com mostrando o teu interesse. Inclui nome, endereço, ID, NIF e adiciona o teu CV/Currículo (se for possível) ou escreve uma mensagem do que desejas desenvolver em nome da associação. Se tens alguma dúvida basta perguntar via email ou facebook.
Os interesses são aceites durante o ano inteiro, mas para fazer parte da nova direção em 2014 as vossas informações tem que chegar antes de 31 de dezembro 2013.
Educar, Libertar, Celebrar - Pride Azores
Para os objetivos e atividades da associação visite aqui.
Se vives nos Açores e queres fazer a diferença sendo parte da direção da Pride Azores por favor manda uma mensagem para prideazores@gmail.com mostrando o teu interesse. Inclui nome, endereço, ID, NIF e adiciona o teu CV/Currículo (se for possível) ou escreve uma mensagem do que desejas desenvolver em nome da associação. Se tens alguma dúvida basta perguntar via email ou facebook.
Os interesses são aceites durante o ano inteiro, mas para fazer parte da nova direção em 2014 as vossas informações tem que chegar antes de 31 de dezembro 2013.
Educar, Libertar, Celebrar - Pride Azores
domingo, 1 de setembro de 2013
Mensagem da Madrinha da Marcha 2013, Clarisse Canha
II
Marcha Pride Açores “Não desapareças da paisagem”
É preciso juntar forças
e movimentos contra as opressões e as desigualdades que produzem efeito e
impacto na vida social e económica, na vida privada e na intimidade e na forma
como nos vimos...
Cada
dia do Festival Pride Azores 2013, no qual pudemos participar, foi uma
oportunidade de captar e aprender algo novo, no mundo LGBT, e da diversidade
humana.
Oportunidade
de refletir, neste poço de contradições que constituem as práticas de
discriminação e as mentalidades baseadas
em preconceitos que retiram liberdade e bem estar nas vivências individuais e
coletivas, nomeadamente no campo das sexualidades.
Quem,
nos Açores e noutros cantos do mundo, conhece e vive estas realidades, consegue
perceber quanto é importante o direito das pessoas viverem bem, sendo elas
próprias, felizes consigo e com as outras pessoas: a família, amigos e amigas e
a sociedade em geral
No
início do Festival, alguém[1] falava
de “uma crescente onda de aceitação, tolerância e respeito pelos direitos da
comunidade LGBT”. De facto podemos afirmar que o movimento LGBT” tem vindo a
crescer também nos Açores. O Festival, a Marcha e a associação Pride Açores tem
vindo a contribuir decisivamente para este avanço.
Neste
movimento fala-se de orgulho[2]: o
orgulho que significa não ter mêdo, não ter medo do que se é, não ter medo de
quem nos discrimina. Não ter mêdo nem receio de quem nos possa humilhar, nos
desprezar ou desvalorizar - por sermos mulheres, sermos gays, ser lesbicas,
vestirmo-nos ou falarmos desta ou daquela maneira. Não ter mêdo, seja qual for
nossa origem cultural, país ou região, seja qual for a cor da nossa pele.
Vale
a pena lembrar Luter King que este há 50 anos
lançou um grito, numa frase hoje conhecida e reconhecida: eu tenho um
sonho! Ousar sonhar é um valor humano e direito de cada pessoa!
-Mas
afinal donde vem as discriminações?
Enfrentar as discriminações sem nos machucar, passa
também por refletir as suas causas e dar-lhes combate
Nesse sentido é importante o trabalho de educação
desenvolvido por diferentes organizações.
Nesse sentido tem particular importância o trabalho
e a existência da Pride Azores como associação de referência, LGBT, no campo da
igualdade. É uma associação que merece o nosso respeito e apoio.
Usando as palavras de alguém[3] no
decorrer do Festival, podemos dizer que
a Pride Azores é uma associação de referencia para “as pessoas LGBT mas
também todas as pessoas que trabalham dia a dia para viver num mundo mais
respeitoso, livre e inclusivo”.
No decorrer do Festival também se falou do
patriarcado - sistema que utiliza a sexualidade como poder, estruturado-se numa
base de hierarquia do masculino heterosexual, de dominação sobre as mulheres e
sobre as pessoas que não sejam heterosexuais. Esse sistema, patriarcal, deixou
marcas e perdura ainda na sociedade capitalista atual.
Antes de finalizar
Gostaria de partilhar um episódio decorrido há
alguns anos atrás no meu ativismo femisnista nos Açores.
Um dia, num encontro com temas gerais, falei
sobre o problema da discriminação sobre as mulheres existente na sociedade, na
vida pública e na vida privada, incluindo a violência doméstica...
No final do encontro alguem veio ter comigo e
disse me que “quanto menos se falasse sobre o assunto melhor” e que com o tempo
esses problemas iam passar. Foi uma conversa que me apanhou de surpresa, então
e registei na memória, prosseguindo, é claro, do lado da denúncia das
discriminações.
Passados vários anos sobre esse episódio, a
vida demostrou que a denúncia sobre a dismiminação feminina foi uma componente
impulsionadora da promoção da igualdade, neste caso a igualdade de género ou
seja a igualdade de direitos e oportunidades entre mulheres e homens.
No que diz respeito à discriminação em função
da orientação sexual, no que diz respeito à homofobia, parece haver ainda
muitas pessoas que hoje, também consideram que não se deve falar do assunto...
mas a verdade é que a denúncia desta
discriminação, como as outras discriminações é um importante meio de a
combater, neste caso combatendo a homofobia nas atitudes e mentalidades.
Por fim dizer que
Esta marcha este
festival pride azores, que é também um momento de celebração, constitui mais um
passo, aqui, nos Açores, pelo fim das violências e das discriminações incluindo
a homofobia
Neste movimento
estamos a reconhecer a igualdade e os
direitos humanos para todos e todas incluindo os direitos LGBT.
Clarisse Canha
31 de Agosto de 2013
Mensagem da Diretora Regional, Dra Natércia Gaspar
Mensagem da Diretora Regional de Solidariedade Natércia Gaspar na Marcha de Orgulho LGBTS a 31 de agosto 2013 em Ponta Delgada.
Em nome do Sr. Presidente do
Governo Regional dos Açores, permitam que saúde de forma particular cada uma
das pessoas presentes e que participaram neste exercício de cidadania que é a marcha
de orgulho LGBT.
Saúdo também a Pride Azores
na pessoa do Terry Costa, pelo dinamismo, pela capacidade de mobilização de
pessoas e entidades que juntas e de forma totalmente voluntária organizaram uma
semana de atividades diversas que contribuíram para o debate dos direitos inquestionáveis
tendentes à afirmação das pessoas LGBT.
É por isso que com muita
honra que o Governo dos Açores se associa a esta iniciativa que contribui para
que os Açores se afirme cada vez mais como uma região inclusiva e humanista.
A marcha de orgulho LGBT acontece, coincidentemente, no dia em que se assinala o dia Dia Internacional da Solidariedade, instituído pelas nações unidas em 2000 para fortalecer os ideais de solidariedade entre as nações e os povos mas também entre os indivíduos que vivenciam situações difíceis, sejam elas quais forem.
E não
tenhamos duvidas que em razão da sua orientação sexual, apesar
da evolução das leis ainda persiste a descriminação, a homofobia, e muitos
cidadãos e cidadãs LGBT, nos Açores ainda vivenciam situações de violência e assédio nas
suas vidas, para muitos jovens, o bullying e a exclusão social são experiências
diárias que deixam marcas de sofrimento profunda e com consequências cujos
custos pessoais, familiares, sociais e até económicos são demasiado elevados.
Ser
solidário é a atitude que melhor expressa o respeito, a defesa, a afirmação dos
direitos humanos…da dignidade humana.
É a luta por estes princípios que se impõem como
paradigma de valores subjacente ao funcionamento das sociedades saudáveis,
democráticas, desenvolvidas que nos congrega aqui hoje, sejamos nós LGBT ou
simpatizantes!
Poderia falar da Declaração dos Direitos Humanos,
mas numa altura em que a nossa constituição e os direitos ali consagrados estão
a ser sistematicamente postos em causa pelo Governo da República importa evocar
o artigo 13º da mãe de todas as Leis no nosso país, que consagra o princípio da Igualdade, quando
diz:
“1.
Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser
privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento
de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de
origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação
económica, condição social ou orientação sexual.”
Ao longo da História
tem sido frequentes os momentos em que a mentalidade dominante não se adequa de
imediato aos princípios estabelecidos pelo poder da lei, vai antes por
arrastamento da pressão socialmente manifestada em iniciativas como estas, que
concorde-se ou não, são necessárias para mudar mentalidades.
São inúmeros os casos
que se podem citar. Limito-me contudo a um, cuja efeméride se assinalou há 3
dias, no passado dia 28 de agosto:
Há 50 anos, nos EUA,
passado um século sobre a abolição legal da escravatura, milhares de pessoas de
raça negra tiveram a necessidade de vir para as ruas, lutar por direitos civis
que continuavam a não ter. E pessoas de raça branca juntaram-se a elas.
Fizeram-no de forma pacífica, cívica, dando forma a um evento que simboliza o
sonho por uma sociedade mais justa.
Foi nesse dia que Martin
Luther King, partilhou o seu sonho com o mundo, no qual referia os direitos
inalienáveis à “Vida, à Liberdade e à busca de Felicidade”.
Já foi feito um longo
percurso. Já tem força de lei um conjunto significativo de direitos que visam
eliminar as discriminações. Já há muitas e muito boas práticas a registar.
Mas não tenhamos a
ilusão de acreditar que está quase tudo feito. Não pensemos sequer que o mais
difícil está feito.
Com muita humildade, e respeito por
todas as opiniões, permitam que recorde que é violação dos direitos humanos
quando as pessoas são descriminadas por palavras às vezes até somente por
olhares, é violação dos direitos humanos quando os nossos jovens são agredidos
nas nossas escolas porque não estão em conformidade com as normas culturais
sobre como homens e mulheres devem olhar ou se comportar, é uma violação dos
direitos humanos quando as pessoas são vítimas de agressão pela sua orientação
sexual, é uma violação dos direitos humanos quando não criamos condições para
que os nossos jovens descubram e convivam livremente com a descoberta da sua
identidade sexual, quando não criamos condições para que os nossos concidadãos
LGBT vivam os direitos inalienáveis à “Vida, à Liberdade e à busca
de Felicidade”.
E não estamos a falar de nenhuma realidade longínqua, estamos
a falar do que acontece nos Açores!
Convido-vos a um exercício, a cada um pensar como se
sentiria se a sociedade dominante questionasse o fato de eu amar quem amo, ou
as formas como manifesto em público, esse amor, ou até mesmo como eu me
sentiria se me sentisse descriminado por algo em mim que eu não posso mudar?
Meus amigos esse sentimento é o que sentem todos os
dias muitas pessoas que são nossos amigos, familiares, vizinhos, alunos,
colegas, pessoas de todas as idades, raças ou crenças, pessoas que exercem
todas as profissões …
Citando a Dra. Natalia Bautista
“O processo de construção da identidade, da nossa orientação sexual é um
processo individual, mas depende muito do contexto familiar, social e cultural
e é aí onde entra a nossa responsabilidade enquanto sociedade de lutar para que
ser LGBT seja aceite de igual forma do que a heterossexualidade.”
É este o desafio que se coloca a todos, trabalhar para
abraçar a tolerância e o respeito pela dignidade de todas as pessoas,
humildemente acolhermos aqueles com quem discordamos, na expectativa de gerar
uma maior compreensão entre todos e agir em conformidade.
Cabe a cada cidadão e
a cada cidadã atuar nesse sentido, cumprindo o respeito pela diversidade,
exigindo o exercício efetivo da igualdade de oportunidades para todas as
pessoas.
A vós e a todos os
ativistas, defensores dos direitos humanos e dos direitos civis, que lutam em
prol de uma sociedade mais justa e mais coesa na sua diversidade, é pedido que
NÃO DESAPAREÇAM NA PAISAGEM, até que cada pessoa tenha espaço para ser feliz no
respeito integral por si próprio e pela felicidade dos demais.
Às pessoas que ao
longo desta semana participaram no FESTIVAL PRIDE AZORES
2013, ou que se uniram das mais diversas formas nesta causa de apelo à
aceitação e respeito pelos direitos das pessoas LGBT, creio que a sociedade
deve agradecer o vosso testemunho de cidadania, a vossa determinação, a vossa
coragem, o vosso civismo, o vosso respeito pela diferença dos que não são uma
minoria.
As cores do arco do
arco-íris já simbolizaram a Esperança, a Paz, a Aliança, a União e têm
simbolizado o orgulho gay. Mas podem igualmente simbolizar a sociedade na sua
multiplicidade, na riqueza da sua diversidade. Afinal, a beleza do arco-íris
não se encontra em cada cor por si, mas na harmonia do seu conjunto.
Por isso hetero ou
homo…NÃO DESAPAREÇAM NA PAISAGEM e passo a passo continuemos esta luta pela
afirmação dos direitos das pessoas LGBT.
Ponta Delgada, 31 de
Agosto
Natércia Gaspar"
+fotos After Party
+fotos Festival Pride Azores 2013
+fotos Pride Azores nos jornais
sexta-feira, 30 de agosto de 2013
Festival Pride Azores 2013 - Dia 5
O Festival Pride Azores continua com a abertura da exposição e centro de informação liderado pelas associações APF Açores e UMAR-Açores no Centro Comercial Solmar. Localizado no centro da cidade de Ponta Delgada na Avenida principal este centro está aberto até sábado das 10h00 às 22h00 e o público pode assim receber informação gratuita sobre assuntos LGBT que inclui o panfleto da amplos "Quando o seu filho lhe diz que é gay", e o panfleto da rede ex aequo "Perguntas e Respostas sobre Orientação Sexual e Identidade de Género", entre outros. A exposição inclui imagens e cartazes da primeira Marcha LGbT nos Açores.
Pelas 20h00 de quinta-feira várias associações encontraram-se para aprender um pouco mais sobre serviços de apoio.
Assim a Associação para o Planeamento Familiar e Saúde Sexual e Reprodutiva Açores conversou sobre o serviço de atendimento a jovens que este ano já incluiu vários jovens LGBT. Desde informação e esclarecimento de dúvidas em tudo o que respeita à saúde sexual, através da APF Açores os jovens podem ter atendimento privado e confidencial na ilha de São Miguel. Basta ligar para 296 628483 para marcar apontamento.
Representantes da ILGA-Portugal também estavam presentes para falar sobre a Linha LGBT, um serviço de atendimento telefónico que visa facilitar o acesso ao apoio e à informação sobre a realidade Lésbica, Gay, Bissexual e Trangénero (LGBT) a todo o país incluind os Açores. Dois numeros de telefone 218 873 922 e 969 239 229 assim como no skype: linhalgbt dão apoio e informação.
Pelas 20h00 de quinta-feira várias associações encontraram-se para aprender um pouco mais sobre serviços de apoio.
Assim a Associação para o Planeamento Familiar e Saúde Sexual e Reprodutiva Açores conversou sobre o serviço de atendimento a jovens que este ano já incluiu vários jovens LGBT. Desde informação e esclarecimento de dúvidas em tudo o que respeita à saúde sexual, através da APF Açores os jovens podem ter atendimento privado e confidencial na ilha de São Miguel. Basta ligar para 296 628483 para marcar apontamento.
Representantes da ILGA-Portugal também estavam presentes para falar sobre a Linha LGBT, um serviço de atendimento telefónico que visa facilitar o acesso ao apoio e à informação sobre a realidade Lésbica, Gay, Bissexual e Trangénero (LGBT) a todo o país incluind os Açores. Dois numeros de telefone 218 873 922 e 969 239 229 assim como no skype: linhalgbt dão apoio e informação.
quinta-feira, 29 de agosto de 2013
Festival Pride Azores 2013 - Dia 4
O auditório da Biblioteca Regional de Ponta Delgada foi o local do Forum: Não desapareças na paisagem.
Excertos da intervenção da Dra Natalia Bautista Garcia, Centro de Terapia Familiar:
"... Amar-nos a nós próprios é uma difícil tarefa para todos/as nós, uma luta diária para alcançarmos um estado de felicidade. Amar-nos a nós próprios/as é antes de tudo a aceitação incondicional e completa de todos os nossos aspectos.
As pessoas LGBT de hoje em
dia, são aqueles que cresceram numa cultura onde se lhes negou a validação da sua
sexualidade. Tradicionalmente cresceram em famílias onde ser homossexual está mal
visto, é mau, pecado ou uma doença…isto faz com que muitos/as deles/as tenham
passado alguma etapa do descobrimento da sua orientação sexual carregando
culpa, vergonha e solidão. Muitos são os casos das pessoas que tiveram de
emigrar para poder ser eles proprios/as e vivenciar a sua sexualidade de uma
maneira mais relaxada… sem tanta pressão social…(tendo em conta o trauma que supõe
uma dupla vida ou ter que estar longe dos seus e das suas raizes para poder crescer).
(...)
Mas o amar-nos a nós próprios não sucede de um
dia para outro... é um processo, para muitos/as de nós é o resultado de uma
vida! Mas não devemos desistir!
Uma intervenção sobre a associação LGBT Pride Azores com dados de comunicação e apoio realizado no último ano foram apresentados pelo presidente Terry Costa. A Dra Natalia Garcia do Centro de Terapia Familiar apresentou "Amar a si próprio", uma palestra que incentivou uma conversa com algumas testemunhas no tema "Ser LGBT nos Açores", que incluiu a participação da jovem Sofia, Vitor Oliveira, um jovem que já contribuiu para a Pride Azores através da sua arte de bodypainting, a artista Teresa Gentil que vai atuar este sábado à noite, o ativista Jorge da Costa e a grande vedeta de outros tempos Chica de São Roque que também estava presente para falar sobre bissexualidade e travestismo.
Foi uma noite recheada de conversa, educação e encontro de LGBT e simpatizantes da região.
Excertos da intervenção da Dra Natalia Bautista Garcia, Centro de Terapia Familiar:
"... Amar-nos a nós próprios é uma difícil tarefa para todos/as nós, uma luta diária para alcançarmos um estado de felicidade. Amar-nos a nós próprios/as é antes de tudo a aceitação incondicional e completa de todos os nossos aspectos.
Amar o nosso corpo tal qual é, sem força-lo a ajustar-se a um modelo
que nos impuseram, cuida-lo e respeita-lo por dentro e por fora.
Amar e aceitar as nossas emoções, pois todas elas têm uma função positiva na nossa
vida.
Amar a nossa alma, a nossa parte espiritual.
Este amar-nos a nós próprios
é uma luta diária individual, mas o certo é que o nosso contexto, a comunidade e família pode ajudar-nos a que esta seja uma luta mais fácil ou mais difícil.
Todos/as nós seja qual for a nossa orientação sexual precisamos de validação - validação é “sentirmo-nos valiosos” sentir que somos
importantes, respeitados e valorizados.
(...)
Como a validação vem de
fora, há uma parte da nossa auto-estima que depende da nossa sensação de ser
valioso/a, ou seja depende da imagem que os outros nos devolvem de nós próprios,
(os outros como espelho) e essa imagem vê-se comprometida se não recebemos uma
boa imagem do exterior.
(...)
A aceitação é fazer as pazes
connosco próprios e não querer ou desejar ser outra pessoa.
No geral todos nós passamos
por um processo de aceitação da nossa identidade, seja pela nossa raça, orientação
sexual, género, nacionalidade (...)
Mas para uma pessoa LGBT,
a dificuldade vem do facto de que desde a sua infância estão a ouvir mensagens discriminatórias
em relação à homossexualidade ou outras orientações que não a hetero. Com
conceitos associados a características negativas…a nomes feios: “maricas” “bichas”
“rabeta” "fufas” "travecas”…por isso é difícil aceitar que somos uma coisa que é
tão denegrida pelos outros.
Os/as que não conseguem
aceitar a sua orientação ou o facto de que esta seja publica acabam por viver “no
armário” a esconder quem são dos outros e de si próprios/as.
Quando um LGBT vai à
terapia porque a sua orientação sexual está a mexer com o seu bem-estar, o
problema não é a orientação sexual, o problema é a dificuldade em aceitar-se,
em amar-se a si próprio/a, por isso a terapia deverá sempre ir na direcção de lhes dar as ferramentas que precisam para uma sã identificação que lhe permita ser
inteiramente feliz.
A chave para chegar a
esta aceitação está no AMOR, O AMOR PRÓPRIO, vem de interiorizar que ser LGBT não
é um castigo e sim uma prenda da vida, da natureza!
O processo de construção da identidade, da
nossa orientação sexual é um processo individual, mas como o resto dos
processos dentro da construção da nossa identidade depende muito do nosso
contexto familiar, social e cultural e é aí onde entra a nossa
responsabilidade enquanto sociedade de lutar para que ser LGBT seja aceite de
igual forma do que a heterossexualidade.
É por este motivo que eventos como este, no
qual se inclui a Marcha do sábado fazem sentido!"
Intervenção de Terry Costa - Festival Pride Azores, Dia 4
És LGBT?
Conheces alguém LGBT na
tua família?
Conheces alguém LGBT nos
Açores?
Eu sempre faço estas
perguntas no início de cada intervenção em escolas; na última escola que o fiz
ninguém levantou a mão na pergunta “és lgbt?” mas depois da conversa com os
mais de 20 alunos 3 vieram conversar em privado que eram lésbicas ou
bissexuais. Estou a falar de jovens de 16 anos de idade. Alguns casos dizem que
não levantaram a mão porque não sabiam o que era LGBT.
Lésbica, gay, bissexual,
transgenero – agora que sabem será que modifica a resposta a: és lgbt? E é
assim que termino as intervenções nas escolas. Em 18 intervenções com grupos de
jovens apenas só uma vez é que um miúdo levantou o braço aqui no final, que não
o tinha feito no início. E sim, de vez enquanto há jovens que levantam os
braços quando a pergunta é feita inicialmente.
+ 24mil visitas únicas ao site www.prideazores.com
+ 6000 mensagens para o email
prideazores@gmail.com desde o inicio da
associação há dois anos atrás. Isto quer dizer em média 8 a 9 mensagens por
dia, claro a maioria das mensagens vem durante o Festival Pride Azores assim
como ontem tivemos mais de 50 mensagens incluindo uma senhora que diz “Ouvi sua
entrevista na rádio. Gostei bastante. Tenho quase a certeza que meu marido é
gay. Queria convidar o Sr. Costa para jantar connosco. Acho que daria uma boa
conversa e talvez assim conseguimos ajudar meu marido ultrapassar algumas
barreiras e quem sabe se assumir gay...” Ainda não respondi à senhora, claro
que vou agradecer o convite mas não posso aceitar. Se fosse para ir jantar com
todas as senhoras que tem maridos gays não podia fazer mais nada por uns quantos
anos nestas ilhas…
3092 pessoas que mandaram mensagem
residem nos Açores e identificaram-se como LGBT; a maioria que continua
comunicação depois da primeira mensagem pede confidencialidade assim que
divulgam seu nome ou ilha, digo isto porque a maioria da comunicação é iniciada
quase por anonimato; a maioria das mensagens vem de São Miguel, seguido por
Pico, Faial e Terceira.
+55% consideram-se “no armário” mas o
fato que mandaram mensagem à PrideAzores já é um passo em bom caminho, 25% já confidenciaram
a sua sexualidade mas com apenas um ou dois amigos/as; apenas 4% identificaram
que vivem suas vidas normalmente perante sociedade e mesmo assim na sua maioria
não estão dispostos a participar publicamente com PrideAzores; há muito
trabalho a fazer.
+ 3000 mensagens chegaram até nós sobre
a associação ou programação como o Festival Pride Azores e Marcha. A sua
maioria foi a agradecer ou a incentivar mais programas e eventos na região
sobre assuntos LGBT; muitas pessoas pedem dados por ilha que infelizmente não
temos e não existem e muitos pedem informação sobre locais gays ou gay-friendly
como bares, cafés, etc; 15% das mensagens que nos chegaram foram no negativo, especialmente
referindo a Marcha; sua maioria veio da ilha Terceira, seguido pela ilha de São
Miguel.
+300 pessoas mandaram mensagem desde a
Marcha do ano passado a dizer que participando na Marcha ou como audiência ou
vendo a notícia na televisão os incentivou, foi uma das grandes razões que
falaram com família ou amigos sobre homossexualidade.
+1300 pessoas juntaram-se na página da
PrideAzores no facebook; 55% residem nos Açores, 20% no resto de Portugal, 5%
estrangeiro, 20% anónimos.
Um inquérito anónimo num site de engate
para homens que procuram homens foi realizado com 50 indivíduos que se
identificaram residentes na ilha do Pico; 30% solteiros; 70% casados heterossexualmente;
62% tem um filho/a ou mais; 58% nunca usaram um preservativo na sua vida;
apenas 14% dizem que já conversaram sobre a sua sexualidade com alguém da sua
família ou amigo próximo; há muito trabalho a fazer.
Estes são alguns dados que podemos
fornecer mas nada em concreto. Associação LGBT Pride Azores tem estado a compor
um inquérito para ser realizado nos Açores sobre LGBT. Esperamos avançar com o
inquérito já este Outono/Inverno.
Conversas com vários professores na
Universidade dos Açores foram iniciadas este ano para incentivar a inclusão de
LGBT em estudos ou realizar estudos de temática LGBT. Há muito trabalho a
fazer.
Quando jovens adolescentes apenas vêm
prostituição como uma possibilidade de trabalho devido à sua sexualidade;
quando jovens que são verdadeiros perante si próprios mas continuam a dizer que
esperam casar heterossexualmente e depois podem ter amantes homossexuais;
quando bullying continua em alta nas nossas escolas com uma das grandes razões
ser a orientação sexual; quando piadas e anedotas continuam em grande sobre
sexualidade e magoam muitas pessoas até ao ponto de se fecharem e não
realizarem suas vidas normalmente perante sociedade… há muito trabalho a fazer.
Tudo começa com educação: visibilidade é
educação.
Eu tenho um sonho… começando com os
nossos líderes empresariais, de educação, saúde, politica e até lideres
religiosos que são LGBT, aceitem-se a si próprios, assumam-se LGBT perante si
próprios, e assim depois o podem fazer com aqueles que te rodeiam que mais
amas… esse ato transformaria as nossas ilhas num lugar muito mais acolhedor, um
lugar de muita mais paz e felicidade.
TODAS as famílias têm alguém LGBT.
Pode ser teu filho ou sobrinha, tua tia
ou mesmo teu pai.
Assuntos LGBT afetam todas as famílias
açorianas, quer queiram quer não.
Infelizmente hoje em dia o sofrimento reina
nestas famílias devido a viverem no escondido com algo tão grande sobre suas
vidas, o viver no “armário”, e não ser si próprio.
Chegou a hora de sair do armário
Amar toda a família
Dizer não à homofobia
Celebrar a tua verdade
Assumir a tua vida com naturalidade
perante a sociedade
Não desapareças na paisagem…
Terry Costa, Presidente da Associação LGBT Pride Azores
quarta-feira, 28 de agosto de 2013
Festival Pride Azores 2013 - Dia 3
Na terça-feira dia 27 de agosto o terceiro dia do Festival Pride Azores arrancou pelas 09h00 com uma hora recheada de conversa e música, em especial a música da Alexandra Boga que tinha a ver com temas de sexualidade. Terry Costa conversou com Luisa Soares da Rádio pico sobre vários temas e o festival em geral. Temas que geraram alguma polémica e muitas mensagens para com a associação incluiu a conversa sobre pessoas casadas heterosexualmente mas que realmente são homossexuais. Mais sobre este tema será desenvolvido no Forum de quarta-feira à noite na Biblioteca Regional de Ponta Delgada.
De volta ao Cine Solmar a noite foi de grande educação sobre transgenero, transexualidade com o filme "Olhe para mim de novo".
De volta ao Cine Solmar a noite foi de grande educação sobre transgenero, transexualidade com o filme "Olhe para mim de novo".
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