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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Secretário Regional da Saúde e Desporto anunciou a criação de uma Coordenação Regional de Luta Contra a SIDA

30 de novembro 2020 - O Secretário Regional da Saúde e Desporto anunciou hoje a intenção de criar brevemente uma coordenação regional para combate à SIDA.  Os Açores estão sem números atualizados desde 2018 e sem um organismo especializado, devido à extinção da então comissão coordenadora, também em 2018. “Por tudo isto é preciso agir e vamos ter em breve uma coordenação regional para combate a SIDA” – disse Clélio Meneses no final de uma visita, esta tarde, ao Hospital de Angra. “Sem números oficias, o que nos chegou ao conhecimento, hoje, foi um aumento de casos, nos últimos três anos. Temos de conhecer bem a situação para ajudar as pessoas e gerir o problema. Creio que em breve teremos essa coordenação regional a funcionar” – sublinhou o governante.

Os Açores tinham em 2018, um total de 383 casos de infeção por VIH   e uma incidência de 5,3% por cada 100 mil habitantes, superior em 2% à Região Autónoma da Madeira. Também em 2018 registaram-se 14 novos casos de infeção por VIH e dois novos casos de SIDA. Daí para cá, não há informação sobre o todo regional, lacuna que o novo Secretário Regional da Saúde e Desporto pretende resolver com a brevidade possível.

O Dia Mundial de Luta contra a Sida comemora-se a 1 de Dezembro.

quarta-feira, 18 de novembro de 2020

NOTA DE REPÚDIO - COLIGAÇÃO COM A EXTREMA DIREITA

 NOTA DE REPÚDIO

COLIGAÇÃO COM A EXTREMA DIREITA


Quem faz acordos com fascistas é fascista!


No passado dia 25 de outubro, decorreram nos Açores as eleições com o intuito de determinar a composição da Assembleia Legislativa da Região Autónoma. Vencedora foi a abstenção de 54,59%, e apesar de continuar a ser o partido mais votado, com 40,65%, o Partido Socialista não alcançou a maioria absoluta pela primeira vez em 20 anos. Facto novo foi a entrada da extrema-direita para o parlamento açoriano: o Chega conseguiu eleger 2 deputados.


A direita açoriana viu a oportunidade de afastar o PS do poder, mas a grande coligação da direita “democrática” - PSD, CDS-PP, Iniciativa Liberal e Partido Popular Monárquico - não teria maioria no parlamento, juntos só seriam 27 deputados, o mesmo número que o PS e BE juntos. Um governo de direita só era possivel com um acordo com a extrema-direita. 


Imediatamente após as eleições, o PSD não parecia estar disposto a fazer um acordo com o Chega, nem a extrema direita queria fazer acordos com “partidos do sistema”. No entanto, bastou pouco mais de uma semana para as lideranças do PSD e Chega se tornarem melhores amigas. Berthold Brecht um dia disse que “Não há nada mais parecido a um fascista do que um burguês assustado”. No caso dos Açores, até o medo de deixar passar o tacho do poder foi aparentemente o suficiente para deixar cair por terra qualquer discurso moral e princípio democrático de não colaborar com forças abertamente neofascistas.

O Chega parasita na crise do capitalismo e na miséria social provocada pelo neoliberalismo, no interesse das elites, divide as pessoas exploradas à base de raça, género, cultura e orientação sexual. Segundo as normas da Constituição Portuguesa, o partido Chega e os demais grupos neofascistas deveriam ter sido ilegalizados há bastante tempo - como aconteceu com o Aurora Dourada na Grécia em Outubro.


Os partidos PSD, CDS-PP e PPM, que juntos representavam 26 deputados, anunciaram esta semana um acordo de governação, baseados em acordos de incidência parlamentar com o Chega e a Iniciativa Liberal. Pelas palavras do líder Rui Rio, houve uma concordância com os quatro objetivos do Chega para viabilizar o governo dos Açores, estes incluem uma perda de representatividade, cortes nos apoios sociais e o apoio a mudanças constitucionais. O facto de a direita “democrática” ter desde sempre acolhido e “perdoado” os elementos derrotados e exonerados do Estado Novo fascista no seu meio, sem dúvida facilitou abertura para a extrema direita.


Mesmo reconhecendo que o Chega tenha “posições xenófobas e racistas”, o vice-presidente do PSD, Nuno Morais Sarmento, não tem vergonha em defender o acordo político. Com este acordo, o PSD de Rui Rio legitimou o Chega como força política e o seu discurso como “normal e aceitável”, não só nos Açores, mas a nível nacional. Tal como têm, em geral, feito os partidos da "direita tradicional", nomeadamente o próprio PSD nacional quando tomou para si como bandeira a oposição à pretensa "ideologia de género". Ou mesmo o próprio PPM que já se havia coligado com o Partido pró-vida e o Chega para as eleições europeias de 2019, tendo apresentando André Ventura como cabeça de lista.

O acordo nos Açores abriu as portas para acordos com a extrema direita a nível local no próximo ano. 


Repudiamos quem concordou com esta coligação.

Não aceitamos a normalização do racismo, da xenofobia, da ciganofobia, da LGBTIA+fobia, e do sexismo.

 Defendemos a unidade da classe trabalhadora e das pessoas exploradas contra todas as políticas reacionárias que nos tentam dividir, seja na base de raça, cultura, género ou orientação sexual. 



Subscritores:


Plataforma Antifascista de Coimbra

UMAR - União de Mulheres Alternativa e Resposta

As Cores dos Açores

Panteras Rosa

Vozes no Mundo - Frente pela Democracia no Brasil

MTS - Movimento dxs Trabalhadorxs do Sexo

Grupo Antifascista Miguel Torga

Toupeira Vermelha

Greve Climática Estudantil Portugal

Associação LGBT Pride Azores