Pride
Azores, Free Zone informação alternativa, Diversity, Rede Positivo, e Opus
Gay - organizações LGBT e gay-friendly de Portugal - juntaram-se para decidir no "Dia
Internacional contra a Homofobia", 17 de Maio, quais as personalidades que mais se
distinguiram pela negativa nestes últimos
anos, na perseguição ideológica contra os LGBT,
pela intolerância contra a Diversidade,
e pela sua homofobia, contra a Cidadania.
As
referidas organizações são
simultaneamente LGBT, e heteros simpatizantes, gay-friendly, resolveram
criar por isso o "Prémio
Limão-Palmatoadas", para lutarem contra
estas posições diletantes na sociedade portuguesa. A presença das gay-friendly, nesta parceria pretende chamar a atenção das
mulheres e homens heteros, para que
assumam, como estas organizações,
que esta luta é de todos, por ser pelos Direitos Humanos, e não
exclusivamente dos LGBT. Quanto mais
inclusivas são as sociedades, mais produtivas e mais felizes são os seus
cidadãos.
Por esta
razão as entidades que queremos denunciar hoje perante opinião publica
portuguesa, são pessoas que o merecem
devido à sua perseguição sistemática aos LGBT, e à sua falta de respeito por
este grupo social que pretendem exorcizar,
ou manter na invisibilidade.
Através das
suas atitudes, dos seus discursos, ou
escritos, demonstraram larga e consistentemente os seus preconceitos
ideológicos, a sua intolerância,
ignorância, e a sua pertinácia para
impedir assumpção da Cidadania plena de uma minoria social substancialmente
importante e de pleno direito e que são LGBT, e que muito sofrem, há centenas de
anos por causa da homofobia e intolerância reinante nas aldeias, freguesias,
vilas e cidades de Portugal.
Decidimos este
ano que as entidades que estão na contra corrente da Modernidade, e da
Historia, e por isso devem ser denunciadas, e que vão receber o "Prémio Limão-Palmatoadas 2012” são
as seguintes:
Isilda Pegado, a deputada do PSD que lançou uma petição para rever as chamadas “leis fracturantes de Sócrates”. A presidente da Federação Portuguesa pela Vida (FPV) pretende a todo o custo lançar uma petição para que sejam revistas as chamadas "leis fracturantes" aprovadas nos últimos anos pelos ex-governos de José Sócrates. Nessa altura promoveu em Lisboa manifestações e procissões, para convencer a opinião publica do acerto das suas posições, sem sucesso. Em causa diz, estão as leis da reprodução artificial, interrupção voluntária da gravidez, divórcio, educação sexual, casamento entre pessoas do mesmo sexo e mudança de nome e sexo. Estes seis diplomas são os alvos da petição a ser lançada no congresso da FPV. “É altura de as mudar, é altura de olharmos para a destruição que elas têm causado na sociedade”, afirmou então Isilda Pegado num debate da Rádio Renascença. É claro que pretende de qualquer maneira impedir a Cidadania dos LGBT e promover também a sua invisibilidade social .
José António Saraiva, director do conhecido semanário "Sol " e autor do artigo "Homossexuais Contestatários " onde diz que a homossexualidade "é uma moda" transformando assim a orientação sexual das pessoas numa "moda", confundindo orientação sexual com "opção", ressaltando como o justo testemunho de um ser reprodutor – porque heterossexual, claro está – a tentar passar os seus preconceitos pessoais às gerações seguintes e vindouras. Esta atitude é tanto mais grave quanto se trata do director de um jornal prestigiado, e portanto difusor de ideias, e que não deveria tentar formar, mas apenas informar. Se fosse noutro país teria sido demitido, ou teria de apresentar escusas públicas, pelos disparates publicados.
José Marques Teixeira, psiquiatra. A 2 de Maio, num artigo de um jornal, o presidente do Colégio de Psiquiatria da OM, José Marques Teixeira, considerava que pode ser possível dar resposta a um homossexual que pede ajuda médica para mudar de orientação sexual. Várias organizações solicitaram ao bastonário que se pronunciasse, ao mesmo tempo que o psiquiatra Daniel Sampaio promoveu a petição que teve 780 assinaturas exigindo também uma clarificação da Direcção da Ordem e "uma tomada de posição do Colégio da Especialidade de Psiquiatria". Do Colégio de Psiquiatria ainda não houve "tomada de posição técnica" sob o pretexto que José Marques Teixeira falara "a título pessoal". O bastonário respondeu às organizações, por escrito, a 14 de Maio e considera que alterar a orientação sexual de "um doente não constitui uma violação ética".
Recordamos
que cientificamente, desde 1973 a homossexualidade não é considerada doença na
América.
Em Portugal a HOMOSSEXUALIDADE
não é crime desde 1986, mas a HOMOFOBIA é
criminalizada (discursos de ódio) desde 2007. O Dia Internacional contra a
Homofobia é festejado em 17 de maio, data
escolhida lembrando da exclusão da Homossexualidade da Classificação
Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde da
Organização Mundial da Saúde em 17 de maio de 1990, oficialmente declarada em
1992.
Contudo
continuamos a assistir a discursos de ódio, que permanecem latentes como politicamente
correctos na sociedade portuguesa, desinformada e formatada pelo discurso hetero-sexista, e pela herança machista dos
tempos de Salazar, sempre acoitada
pelas posições retrógradas, das várias religiões monoteístas.
Parabéns da Opus Gay pela partilha desta iniciativa, que no Continente mereceu ser noticia nos jornais Publico,"I", Dezanove e outros.
ResponderEliminarO deputado homofóbico do CDS-Açores foi noticia em todas as páginas,por estas más razões.
Conto poder vir a estar convosco todos no dia do Gay Pride dos Açores, uma excelente iniciativa que vai de algum modo mudar a face social das vossas belas ilhas.
Antonio Serzedelo
Presidente da Opus Gay
anser2@gmail.com